Bastidores da crise: o que aconteceu no Internacional em 2025

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da cassino online: Não é porque o rebaixamento ficou para lá, logo ali, uma posição e um ponto abaixo, que tudo deu certo no ano. Muito pelo contrário. Afinal, nos bastidores, o planejamento era, além do título do Gauchão, brigar pela taça nas copas do Brasil e Libertadores, bem como ficar na parte de cima da tabela até o final do Campeonato Brasileiro e, assim, conquistar mais uma vez vaga na competição mais importante da América do Sul. Não deu certo. Bem longe disso. O Lance! traz os bastidores da crise e mostra o que aconteceu no Internacional que saiu de candidato a títulos a quase rebaixado.

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É possível dizer que 2025 só não foi pior do que 2016, quando foi rebaixado, na história dos pontos corridos. Mesmo assim, os números se equivalem. Em 38 jogos, esse ano, foram 11 vitórias, 11 empates e 16 derrotas, saldo de -13, e 38,6% de aproveitamento. Quando caiu há quase dez anos, foram 11, 10, 17, -6 e 37,7%, respectivamente.

Este ano, porém, o time bateu um recorde negativo na história dos pontos corridos: nunca antes o Internacional sofreu tantos gols quando no Brasileirão de 2025. Ao todo, a defesa foi vazada 57 vezes nas 38 rodadas.

continua após a publicidadeTroca de técnicos ano sim, ano também

O que aconteceu com o Internacional em 2025 começa na posse do presidente Alessandro Barcellos, em 2021. Ou no decorrer da gestão. Isso porque, apesar do vice no Brasileiro de 2020 — que, por causa da pandemia, acabou no início de 2021 —, sua administração seguiu à risca um dos principais itens da cartilha do rebaixamento. Em cinco anos na presidência trocou de técnicos oito vezes, com oito nomes passando pela casamata – um deles, Abel Braga, duas vezes.

Ou seja, em nenhuma das temporadas, Barcellos iniciou e terminou com o mesmo técnico. Pelo menos duas vezes, com Manos Menezes, em 2023, e Eduardo Coudet, em 2024, o técnico contratado não aproveitou as contratações da janela de meio de ano. Ambos, saíram em julho, antes dos reforços chegarem. Além disso, cada técnico que chegou ao Beira-Rio tinha uma ideia de jogo diferente do anterior, o que dificultava o começo do trabalho.

continua após a publicidadeOs técnicos da era BarcellosAbel Braga – 11/2020 a 2/2021Miguel Ángel Ramirez – 3/2021 a 6/2021Diego Aguirre – 6/2021 a 12/2021Alexander Medina – 12/2021 a 4/2022Mano Menezes – 4/2022 a 7/2023Eduardo Coudet – 7/2023 a 7/2024Roger Machado – 7/2024 a 9/2025Ramón e Emiliano Díaz – 9/2025 a 11/2025Abel Braga – 11/2025 a 12/2025A falta de reforços em 2025

Depois de duas contratações de hierarquia, ou de jogadores de seleção – o equatoriano Enner Valencia, em 2023, e o colombiano Rafael Borré, em 2024 – o cofre fechou para Roger Machado, que chegou em julho do ano passado. Com isso, o técnico demitido em setembro enfrentou as quatro competições deste ano praticamente com o mesmo time de quando chegou. Para piorar, perdeu peças importantes, como Fernando e Wesley.

É que, junto às contratações insuficientes, em número e qualidade, até mesmo atletas que haviam desembarcado no Beira-Rio durante o ano fora embora. Ao todo, o clube trouxe dez nomes nas duas janelas, somente dois deles, Alan Rodríguez e Vitinho, estavam no salvador 3 a 1 sobre o Bragantino. Por outro lado, saíram 16, seis deles chegaram a ser titulares, tanto com Coudet como Roger.

Ou seja, time perdeu seis jogadores – Gabriel Carvalho, Fernando, Rômulo, Rogel, Wanderson e Wesley – usados com frequência e recebeu apenas dois.

Jogadores do Inter comemorando o título do Gaúcho no Gramado (Foto: Roberto Jardim/Lance!)

Racha interno no grupo

As eliminações nas copas do Brasil e Libertadores, bem como o 4 a 1 para o Palmeiras e uma derrota para o Bahia em jogo atrasado do Brasileiro, praticamente racharam o elenco. Se antes dos confrontos contra Fluminense, Flamengo, Verdão e Esquadrão, o grupo não era lá muito unido, mas lutava pelos resultados, depois, se esfarelou.

Tudo começou com os jogos eliminatórios. As quedas nas oitavas nos dois torneios desestabilizaram os atletas. Depois, na goleada, Gabriel Mercado e Carbonero foram às vias de fato após cobranças do argentino e resposta desdenhosa do colombiano. No 1 a 0 para o Tricolor baiano, devido a um pênalti infantil de Bernabei, D’Alessandro discutiu fortemente com o lateral. Os dois tiveram que ser contidos.

Na reta final, há relatos de discussões e cobranças fortes, como a feita pelo capitão Alan Patrick em um treino no CT Parque Gigante. O camisa 10 queria mais comprometimento dos colegas nos trabalhos para que pudessem buscar a recuperação no Brasileirão.

Problemas administrativos

Fecha o pacote uma série de problemas administrativos. Depois de demonstrar eficiência ao recuperar o Beira-Rio e o CT em tempo recorde para voltar a jogar em casa depois da cheia do ano passado, parece que esse esforço esfacelou a capacidade de gestão. O exemplo mais gritante é a chuva de papel picado na partida de volta das oitavas da Libertadores, contra o Flamengo, no Beira-Rio.

O Inter havia perdido no Rio, por 1 a 0, e montou uma operação de guerra para virar o jogo. A torcida compareceu em peso, começou a cantar antes mesmo dos times iniciarem o aquecimento. O clima era todo favorável ao Alvirrubro. Até que, no momento da entrada das equipes, uma chuva de papel picado caiu sobre o gramado.

Um erro de planejamento atrasou a dispersão do material laminado, que deveria ter sido feito no lado contrário da aba superior do estádio. Com isso, todo o papel foi levado pelo vento para dentro do campo, colando na grama, na bola e nas chuteiras. A limpeza levou tempo, esfriou a torcida e, mais ainda, o time. Resultado, nova derrota, 2 a 0, e a eliminação.

Na caça às bruxas, no afã de dar uma resposta à torcida e à imprensa, o clube demitiu dois funcionários de carreira, que apenas executaram o que havia sido ordenado por chefes ligados a uma organizada. Os verdadeiros responsáveis não foram punidos.

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